R N M Parte II

O tempo passa o tempo voa ... e finalmente chega a madrugada do dia 14 de maio.

Meu pescoço duro reflexo de uma tensão que me perseguiu o dia todo.

A melhor maneira de resolver uma questão é encará-la de frente, já dizia, minha tataravô, minha avô, minha mãe, mas posso falar? Nada disso garantiu minha paz.

Sabe o que me ajudou de verdade? Foi a frase no meu blog: " Você é Aquariana! Tão forte, tão corajosa, que nem vai sentir nada..."

Valeu Roberta Nina Galisteu minha amiga que adoro!! Você está certíssima ... lá fui eu para a tal do RNM de minha coluna vertebral.

Logo de cara a enfermeira com um questionário imenso. Várias perguntas e uma delas foi:
" Você tem tatuagem? . "Sim tenho 5 " eu respondo. E a enfermeira: "Quanto tempo tem elas?" Minha resposta mais que depressa "Há algum tempo"... na retiscencia. E ela: "Quanto tempo? Um mês, dois meses, um ano, dois anos? E eu: " 6 anos, mas por que?" E a enfermeira explicou que se tivesse uma tatuagem com menos de 3 meses não poderia fazer o exame. " Ah!" eu disse...mas eu quis saber mais e ela explicou: " A tinta das tatuagens são a base de metais que interferem no resultado do exame e, além do que, podem queimar, escorrer e ou borrar".

Minha cara deve ter demonstrado preocupação, mas eu tinha que fazer o exame. Eu havia mentido para a enfermeira. Uma de minhas tatuagens, especificamente a do meu punho, tem menos de 3 meses, mas afinal o que meu punho tinha a ver com minha coluna?

Dirigiram-me até o fatídico equipamento.

O meu pensamento agora não era mais no pânico de ficar trancada e sim estava preocupada com relação a minha tatuagem.

A única solicitação do enfermeiro do equipamento (agora era homem) era que eu não deveria me movimentar durante o exame todo que duraria de 45 minutos a 60 minutos.

O exame transcorreu com todos os ruidos característicos que para quem nunca fez vou tentar sintetizar: uma somatória de britadeira com metralhadora.

Sabe como é?

Então, imagina eu sem poder movimentar-me tentando relaxar e incrível sentia vontade de movimentar até a unha do pé, queria relaxar para não pensar se o meu punho estava sendo submetido a uma devastação por queimadura, ou se a tinta estava escorrendo e toda vez que estava quase conseguindo relaxar reiniciava a barulheira toda. Esse equipamento poderia muito bem ser usado para tortura de presos políticos!!

Olhava para o teto e tentava virar o punho e nao conseguia ver. Muita aflição, muita.

Enfim, terminou a tortura.

Agora resta-me esperar até o dia 22 de maio para saber do resultado.

Cheguei em minha casa de madrugada, sozinha, num horário que poderia muito bem estar voltando de uma balada, mas não era o caso. Estava esgotada e resolvi dar-me um mimo: chocolate em plena quarta feira.

Devorei um tablhete inteiro de 160g de Hershey's crocante.