Eu brinquei muito de roda, nas ruas, no quintal de minha casa e de minhas visinhas, quando na minha infância e, para ser bem sincera até mesmo na minha pré-adolescência: Roda roda roda, pé pé pé, roda roda roda carangueijo peixe é... e por aí vai, são canções decorrentes de composições anônimas. 
E hoje em dia? quase nenhuma criança brinca disso? Isso sem falar da amarelinha, esconde esconde e sei lá mais o que nem lembro mais.
E hoje em dia? quase nenhuma criança brinca disso? Isso sem falar da amarelinha, esconde esconde e sei lá mais o que nem lembro mais.
Brincar no dicionário do Aurélio significa divertir-se infantilmente.
Muitos versinhos das cantigas de roda aparentemente "no sense" tinham um conteúdo e representavam uma manifestação da cultura popular, ritmos e letras que minha tataravô, bisavô ensinavam e que agente lembrava trechos e outros agente acabava inventando e transformando muitas vezes em uma nova cantiga.
As crianças hoje são entretidas com brincadeiras comercializadas, informatizadas e essas brincadeiras tradicionais foram substituidas, até mesmo esquecidas.
Agente rodava, rodava e rodava alheias a tudo que se passava no mundo ao contrário desses pequenas que já sabem de quase tudo, desde da destruição da camada de ozônio, do desemprego do pai até o traficante que foi baleado no morro.
Essas brincadeiras podem não ser o "must" do momento mas, não encontram-se completamente esquecidas.
Com a falta de energia eletrica, por exemplo, nesses momentos ocorre uma busca por alternativas, descobertas para o convívio social, elas divertim-se com alegria e com a mesma intensidade que eu, vovô, a bisa e a tataravô exercitávamos nossos corpos, nossa memória, estimulavamos o gosto pela música, na pura beleza de brincar de roda.
Como se fosse brincadeira de roda já dizia a Elis...
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