Mas só chove, chove, chove!

Caos.

Odeio essa palavra.

Mas ódio sinto em admitir que a cidade onde moro e amo, assim fica em dias de chuva. Um verdadeiro caos.

Amigos de outras cidades perguntam como consigo viver e elogiar São Paulo.

Milhares de guarda chuva batendo uns nos outros; suas varetas como armas prontas a perfurar um olho e cutucando todos.

Um lamaçal dentro dos ônibus causado pelos mesmos guarda chuva molhados dos passageiros que espalham água para todos os lugares.

Piorando o cenário: os vidros fechados. O ônibus agora é uma sauna à vapor ambulante.

Mal começam a cair os primeiros pingos da chuva e congestionamentos gigantescos surgem quase por milagre para a ira dos motoristas.

Um percurso de meia hora torna-se uma longa viagem de duas a duas horas e meia.

Choveu? Esqueça seus compromissos!

E os apagões?

Após todo esse sufoco mencionado não podemos esquecer ao chegar em casa e sermos obrigados a subir degraus e mais degraus pela falta de elevador, a tomar banho de caneca e a comer no escuro. Bem, comer no escuro é modo de falar - a luz de velas . Romântico?

Mas, só chove, chove, chove...

Sim, chove nos finais de semana e feriados.