Importamo-nos com a quantidade e não com a qualidade.
Vamos curtir uma balada e beijamos cinco, seis, sete, oito, sei lá quantos e no dia seguinte não lembramos nem do aspecto de cada um, que dirá os nomes.
Precisamos de um sapato e não nos contentamos em comprar um único e adquirimos, na maioria das vezes, uns três do mesmo modelo diferenciando apenas as cores.
Estudamos para termos uma profissão, mas nos contentamos com um diploma qualquer de um curso qualquer.
Como diz o slongan da publicidade na TV: Chegamos na Lua e agora queremos Marte.
Queremos, queremos, queremos muito muito muito mas o que queremos na verdade?
É acho que estamos todos virando Spenglerianos!
Explico.
Essa palavra que acabei de lembrar é baseada no filósofo alemão Oswald Spengler, polêmico devido suas idéias e que obteve fama internacional com a publicação de um livro intitulado " O Declínio do Ocidente".
Ele ficou conhecido devido sua visão cíclica da história: um período inicial de cultura e um peíodo final de decadência a qualidade progressivamente substituída pela quantidade.
Ele não pode ser considerado pessimista. Eu pelo menos não consigo classificá-lo como tal, uma vez que, acredito estarmos, exatamente, nessa fase da pura quantidade.
Estamos em qual ato dessa tragédia ocidental? Estamos na decadência de nossa história?
Nossa civilização nasceu, cresceu, prosperou e agora estamos em declínio?
Aguardamos a hora da morte de nossa civilização ou ainda temos chance de reverter essa situação?
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