Um sorriso aberto nos rostos das garotas morenas, amarelas, rosas e pálidas, todas de bem com a vida. Essa cordialidade sincera para iniciar a jornada de trabalho.
O dia mais dia e o resto dele trancorrendo natural e, sem ao menos darem-se conta, as garotas morena, amarelas, rosas e pálidas já cansadas, despedem-se:
- "Tchau! Descansem, até amanhã!!"
Tudo poderia ser assim, simples, calmo, tranquilo, mas... sempre mas, essa conjução dificulta tudo, o que deveria ser um belo dia é um inferno completo uma verdadeira Torre de Babel!!
Essas garotas morenas, amarelas, rosas e pálidas abrem suas bocas escandalosamente e mostram suas línguas selvagens: agressões baratas, impropérios, disparates voam delas. É um virar às costas e batalhas emocionantes, atormentadas são travadas, sem trégua, sem dó.
Somos diferentes um das outras? Umas mais morenas, outras mais amarelas e menos rosas, outras ainda mais pálidas, mas dentro de nossas bocas as semelhantes línguas selvagens.
Falamos uma das outras e deixamos bem claro: - " As outras falam de nós, mas nós não falamos delas!! Sempre a mesma estória.
Essas garotas morenas, amarelas, rosas e pálidas, falsas, perturbadas, desequilibradas, inseguras tem alguma chance? Conseguirão abrir suas bocas e encontrarmos línguas civilizadas?
O remédio definitivo, aquele que cura, seria buscar nossa masculinidade, mas falta tanto para obtermos esse milagre...
Conseguimos igualar nossos cargos, nossos salários, mas essa nossa língua selvagem ainda nos traem.
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