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Ola

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quarta-feira, setembro 17, 2008

Abominação x Inclusão

Qual o critério utilizado na escolha de um livro para leitura? Indicação, identificação, curiosidade, devoção, abominação?


Para mim é identificação com a estória, curiosidade pelo tema ou cultura do país do autor ou autora. Adoro, por exemplo, escritoras argentinas, uruguaias, um mundo tão perto do nosso e tão diferente!! Li recentemente "A árvore das estrelas vermelhas" - Tessa Bridal uma escritora uruguaia muito bom, mas esse é um outro assunto.

A escolha do livro de Maitê Proença - "Uma vida inventada - Memórias trocadas e outras histórias" foi por simples falta de opção, devo confessar. Explico.

Costumo pegar 3 ou 4 livros cada duas semanas na Biblioteca, mas no sábado terminei de ler todos e não tinha como pegar outros, pois poderia pegar somente na segunda feira e não queria passar meu domingo a tarde sem a possibilidade de ler algo. Tomei emprestado o livro acima citado.




Considero a Maitê Proença uma atriz regular para fraca e em meu pensamento, preconceituosamente, achava que ela estava na mídia, devido ao seu rosto - muito belo diga-se de passagem. Tal fama apenas piorara devido sua participação no programa Saia Justa - considero um pé no saco - com a Monica Waldvogel (jornalista competente e acelga), Betty Lago (modelo e mais nada) e Marcia Tiburi (filosofa e chata). O programa até teve participações melhores como Fernanda Young, Marina Lima, Soninha, mas...


Antes de ler qualquer livro aprecio conhecer um pouco mais do escritor ou escritora e, felizmente pelas facilidades da internet consegui compilar várias coisas sobre ela.

Sua carreira não se deve somente ao seu rostinho bonito e, desculpe a expressão, devia ter transado com o diretor da novela. Trata-se de uma mulher interessante, batalhadora, com muita experiência de vida. Desde seus 12 anos já teve seu pé na estrada e de volta ao Brasil fez teatro com Antunes Filho que é um dos diretores mais consagrados do teatro brasileiro, enfim precisei reformular meu conceito sobre ela, das outras participantes do programa quem sabe num outro dia...

No livro da Maitê que citei ela mistura sua vida com vida de outras vidas com um humor interessante e ironico e fui percebendo nossas semelhanças.

Logo na orelha uma frase "Neste mundo não há saída há os que assistem, entediados, ao tempo passar pela janela, e há os afoitos que agarram a vida pelos colarinhos", pois é, Maitê, também pertenço ao segundo grupo.

Assim como você, Maitê, também pensara que estaria numa fase mais calma, tranquila, afinal já vivi quase a metade do tempo que tenho para viver, e ao invés disso, parece que vários seres habitam dentro desse meu minúsculo corpo e querem falar, expor suas idéias e quase nem tenho tempo de canalizar tudo em palavras.

Assim como você, Maitê, não choro à toa, não dou minhas lágrimas à tristeza chavão.

Assim como você, Maitê, nunca sinto dor de cabeça, nem sofro de insônia e sempre acordo de bom humor.

Assim como você, Maitê, entreguei-me ao meu namorado, em minha primeira vez, e não senti absolutamente nada, nem na segunda vez, nem na terceira, nem na quarta... só fui sentir após meus 25 anos e então achei o sexo delicioso.

Assim como você, Maitê sinto que as coisas que não tinham importância antes agora tem, e as que tinha agora não tem mais. Você diz: " Tenho que me livrar de mim para voltar a mim" estou fazendo isso.

"A terra onde nasce minha criação e frutos eu levo dentro, e o adubo que a fertiliza é toda coisa que existe em volta", pois é Maitê quero espalhar minhas sementes quem sabe um dia...








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