Uma homenagem ao Maestro Forrô

Assisti o programa " Ensaio " da TV Cultura, não lembro se na terça ou quarta feira dessa semana nem quente nem fria de abril. Uma banda estava se apresentando e eu não conhecia. Achei tão diferente e interessante que não mudei de canal. Tratava-se da "Orquestra Popular Bomba do Hemetério" regida pelo Maestro Forrô.

Essa orquestra traz a riqueza cultural da Bomba do Hemetério - uma comunidade que integra o bairro de Água Fria, situado na zona norte da capital pernambucana. A equipe foi idealizada e liderada pelo compositor, arranjador e instrumentista Maestro Forrô que vem conquistando cada vez mais elogios em suas apresentações por mostrar arranjos fora dos padrões para as orquestras de frevo, unindo características eruditas e populares.

O grupo realiza um trabalho de pesquisa, manutenção e releituras de peças tradicionais e, para quem nunca ouviu, trata-se de uma mistura mais que divertida e colorida de maracatu com samba com forrô com os mais variados ritmos do mundo com musica contemporânea com musica classica e com muita alegria e descontração que me deixou fascinada e com um sentimento de inveja, uma inveja branca claro de querer saber tocar um instrumento. Deve ser ótimo ter esse talento musical.

Não sei se já contei a respeito de minha vasta experiência musical! Aqui vai:

Para início de conversa nunca consegui solfejar e, nem ao menos, entender as notas musicais, decorar letras de música para mim é um sacrifíco quase impossível. São poucas as músicas que sei a letra.

Em minha adolescência atormentei meu pai para aprender a tocar violão. Ele comprou a melhor marca, o melhor professor foi contratado e eu, bem eu apenas tinha vontade de estrangular o pobre coitado e ele, com certeza, tinha o mesmo sentimento em relação a aluna tosca que mal conseguia alcançar as cordas do instrumento. Muito difícil, ai mais é muito difícil mesmo. Era apenas isso que eu conseguia o tempo todo dizer.

Em uma outra ocasião, quando pela primeira vez morei no interior de São Paulo, em Sorocaba para ser mais exata, tentei tocar flauta doce. Quer um instrumento mais fácil? Pois é, escrevi a palavra correta - tentei, por que não consegui. A parede de meu quarto é quem mais se saiu mal com tudo. Como não conseguia tirar uma nota se quer eu ficava tão nervosa e irritada que jogava o instrumento para qualquer lado esburacando a mesma em vários pontos.

Essa é toda minha trajetória musical e quem sabe quando eu ficar bem velhinha eu seja agraciada pelos Deuses musicais e desponte um talento qualquer...

... enquanto isso não ocorre, fica aqui registrada minha pequena mais muito sincera homenagem ao talento do Maestro Forrô. Adorei! Parabéns!!

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