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Ola

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segunda-feira, abril 20, 2009

Do Gambiarra a Alôka

O melhor que devemos fazer, muitas vezes, é permanecermos no aconchego de nosso lar, no quentinho de nossa cama mas, como baladeira de carterinha que sou, não escuto as vozes convidativas do sussego e me sacudo para a rua.

Sendo assim, no último domingo dia 19 e com a ponte do feriado de Tiradentes em vista lá fui eu para o Gambiarra.

Não pense que fui fazer algo improvisado na falta de um recurso técnico adequado não, não.
Gambiarra é uma balada domingueira criada por seis amigos todos ligados ao teatro que não podendo sair às sextas e sábados, justamente, devido aos seus trabalhos e que folgam às segundas feiras resolveram colocar a idéia em prática nesse espaço.

Desde a inauguração queria muito conhecer a casa, mas o domingo é um dia cruel, pois como sabem, não sou artista e segunda feira é o pior dia para levantar já de ressaca, mas como folgaria na segunda feira aproveitei a oportunidade.

Estacionamos o carro e deparamos com uma fila comprida que não me intimida, pois sabemos que a casa possui três andares e com lotação de pelo menos 1300 pessoas e a agitação vai até as 7 da manhã.
Percebo que minha coragem não seria suficiente para encarar toda aquela massa humana e, na verdade não se tratava apenas de uma fila e sim de três filas, pois a galera " entrava " por três pontos diferentes no espaço. Eu escrevi " entrava " , mas não era bem isso que acontecia. Já ultrapassava de meia noite e meia e continuávamos no mesmo ponto.

Bem, nem preciso dizer, que acabamos desistindo do Gambiarra, pois já sabíamos que a pista lotando todos seriam impedidos de entrar no local com certeza.

Sem outra opção nos jogamos na ALôca na Frei Caneca que é um reduto underground e GLS de São Paulo há mais de 10 anos. Eu conhecia de nome, mas ainda não tinha fervido lá, apesar de já ter tentado conhecer há um tempo atrás, mas havia chegado em um estado não muito conveniente e acabei não entrando, mas isso é uma outra estória...


Toda cavidade natural rochosa com dimensões que permitam o acesso a seres humanos é denominado caverna, gruna ou gruta, sendo que em tais ambientes escuros animais como morcegos transitam livremente.




A arquitetura da ALôca segue essa proposta, paredes revestidas com pedras, o que de imediato faz com que todos se sintam como aqueles mamíferos, guiando-se no escuro com as asas abertas e prontas para chupar o sangue de suas presas.

A idéia de abortarmos o Gambiarra e irmos para lá não foi exclusividade nossa. ALôka estava loucamente intransitável. Andar era difícil, dançar impossível e até acender um cigarro tornava-se uma tarefa árdua.

Como, felizmente, eu não estava na pegada do morcego, resolvi ir embora. Não era duas da manhã ainda e revoltada por pagar a entrada que nem ao menos era consumível.

Mas tudo bem, nem sempre a noite é favorável e minha delíciosa caminha me aguardava...

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