Powered By Blogger

Ola

você que está entrando agora nesse meu mundinho desejo-lhe boas vindas

segunda-feira, outubro 06, 2008

A Borboleta Gravada

Morávamos, eu minha família, em um bairro em São Paulo na zona sul chamado
Brooklin.

Papai sempre gostou de oferecer o melhor para seus filhos e nossa casa era muito espaçosa, quatro dormitórios, salão de festas, jardim com todos os tipos de flores, plantas, gato, cachorro, peixinhos, tartarugas em um quintal enorme.

Mamãe reclamava muito... não entendia... com toda a comodidade que tínhamos em casa eu adorava mesmo é ficar na rua; posso até arriscar e dizer que até hoje ela reclama sobre o mesmo assunto!!

Nossa rua era muito calma e algumas árvores faziam parte da paisagem acalmando um pouco a minha mãe que acabava cedendo e deixando eu ficar solta.

Eu, Ulla e Aninha, minhas duas amigas prediletas do bairro, com uma redinha de caçadoras íamos atrás de insetos coloridos. Horas e horas as três sentadinhas esperando que as borboletas voassem para corrermos atras delas.

Quando avistávamos esses insetos lindos cheios de cores e perfumados era uma agitação total.

Eu sempre preferi as violetas e azuis, enquanto Ulla as coloridas e Aninha as amarelinhas.

Imaginávamos que todas as borboletas do bairro eram de nossa propriedade prendendo todas com alfinetes em quadrinhos e colocando nossos nomes como se fossem assinaturas.
Os vizinhos do bairro reclamavam dizendo ser impossível conviver com três garotinhas tão cruéis, que isso seria até comprensível se tratassem de garotos!! Eles sempre podem tudo...
Nem meu pai, nem os pais de Ulla e Aninha, conseguiam nos controlar e mais cedo ou mais tarde conseguíamos escapulir da vigilância e novamente íamos à nossa caça.

Eles, nossos pais, não entendiam direito o motivo de tanta reclamação, pois, por mais que procurassem os bichinhos mortos não os encontravam e, até hoje tento lembrar onde escondíamos nossas obras de arte naquela época, mas não consigo.

Aliás, tenho que esclarecer essa estória direito: Eu, Ulla e Aninha não considerávamos nossa caça como um ato de destruição e sim de preservação. Explico isso, pois não quero agora ser perseguida por nenhum ambientalista ou político do partido verde.

Nossa obra era completa, tínhamos uma verdadeira coleçao de todos os tipos, tamanhos e cores, mas por mais que eu tente não consigo lembrar o motivo de nossa perda do interesse e, por fim, abandonamos nossa caça.

Eu, Ulla e Aninha crescemos e esquecemos da beleza das borboletas tão coloridas que pareciam flores libertas do chão, até que um dia, após anos resolvi pregar uma de minhas borboletas azuis em meu próprio corpo.

Um comentário:

Rafaela disse...

Tiia , muito linda sua boorboleeta ;x

Tee amoo muito !

Beejoo´z Rafaa .