Terminei a leitura do livro A Ciranda de Nós de Maria Carolina Maia paulistana escritora do site da Revista Veja e ganhadora do Prêmio Nascente USP/2006.
Ela compõe cada capítulo narrando cada personagem e ao mesmo tempo todos os demais, envolvendo a vida da protagonista na infância passando as férias em uma cidade de Pernambuco até a fase adulta na Avenida Paulista como uma ciranda.
Esses capítulos parecem contos independentes e ao mesmo tempo entrelaçados dentro de um romance leve, gostoso, curioso, nostálgico e com isso percebemos as mudanças que ocorreram no Brasil rural para o urbano moderno, tecnológico, invasão das praias pelos turistas não respeitosos tanto dos moradores locais quanto da natureza.
Através da percepção da protagonista todos os personagens parecem nossos velhos amigos: Dona Lu, Glorinha, Serginho, Titico, Dona Miúda, Delegado, Padre Roberto gente simples, analfabeta com suas estórias de lobisomem, maldades de crianças, lembranças de brincadeiras como caçar borboletas, bicicletas reformadas, pintadas do nosso jeito com fitinhas penduradas no guidon, espelhinho, buzina coisas que não as crianças de hoje não fazem mais.
Escolhi uma frase do livro que resume bem o que falei acima: "Lá onde o mar mandava no tempo e a lua mandava no mar e que nem o homem podia domar"
Quer passar algumas horinhas recordando um tempo que não volta mais? Leia então esse livro.
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