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domingo, novembro 16, 2008

Inveja Ripley

Acabei de ler " O sol por testemunha " de Patricia Highsmith.

Ela é americana nascida no Texas e foi na Europa que viveu a maior parte de sua vida. Manteve relações sexuais com uma variedade de mulheres e era atormentada por sua personalidade camaleonica, daí seus romances com uma marca psicológica forte de seus personagens.

Seu primeiro romance foi adaptado para o cinema por nada menos que Alfred Hitchcock!!

Sempre tive preconceito na leitura de clássicos americanos e pior ainda quando se trata de um gênero como o dela policial, ficção criminal. Ela usa como mote o crime, mas o romance mergulha nos aspectos psicológicos do personagem principal que no caso é o Tom Hipley.

No cinema esse personagem foi interpretado pelo Alain Delon e, posteriormente, por Matt Demon. Assisti a segunda versão, mas dizem que a primeira é muito melhor pois Alain Delon encarna a essencia do personagem que era cometer os crimes e não se arrrepender.

Esse livro é um clássico do suspense, um romance denso onde não conseguimos desprender nossa atenção da primeira até a última página, imaginando de como será o final de um ser amoral como Ripley e seu plano mais que diabólico.

O pai de Dickie Greenleaf que mora na Europa pede ajuda para Tom Ripley para trazer seu filho de volta aos EUA e daí vem toda a trama.

Resolvi postar sobre esse assunto por causa da inveja.

Ripley sentia inveja e desejava as pequenas coisas de Dickie. Uma blusa velha, um sapato mais que usado, até os gestos, a maneira de falar, a postura do amigo, e principalmente, o dinheiro, ou melhor o que o dinheiro de Dickie poderia proporcionar: jantares em restaurantes famosos, hospedar-se em hotéis suntuosos e viajar por toda a Europa. E para manter tudo isso acaba cometendo um crime atrás do outro. Vale a pena ler o livro.


Tem pessoas que sentem inveja por alguma coisa da gente e não sabemos, não conseguimos entender o por quê desse sentimento, pois pensamos que não temos nada que possa gerar uma coisas dessas. Eu mesma já vivi um terror desses há um tempo atrás e não entendia, ou melhor, procurava não entender, pois parecia que se eu entendesse eu acabaria sendo sugada pela pessoa que não passava de uma Vampira.

Depois de muito tempo acabei compreendendo...
Nossa essência ninguém consegue imitar, ninguém nunca conseguirá nos tirar e esses vampiros ficam desesperados por que querem ser como agente, e aí fazem coisas absurdas, inimagináveis, tem idéia fixa, o que muitas vezes, se não estivermos muito bem amparados espiritualmente e psicologicamente, nossas vidas atrasam, andam para trás, ou como no caso do Dickie que acabou sendo assassinado.

Devemos ficar muito espertos contras os vampiros, contra os Ripleys que nos cercam.









Um comentário:

Anônimo disse...

adorei o assunto, mesmo sem ter lido o livro dá para entender o sentido...acho que muitas pessoas já foram vítimas desse mal...vampirismo,inveja. a melhor forma de combate é uma boa cabeça de alho pendurada no pescoço.
Brincar sobre o assunto é uma forma de combater. não é?