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Ola

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quarta-feira, janeiro 25, 2012

O Sussurro da Mulher Baleia



Esse título do livro do escritor peruano Alonso Cueto é bem diferente e fez com que eu me interessasse em sua leitura.



Na semana passada, devido a uma multa na biblioteca de meu bairro, fui à casa da Vanessa (minha cunhada que mora no andar abaixo de meu apartamento) e eu estava desesperada, pois não teria nenhum livro para ler, mas para minha sorte consegui separar 5 livros da pequena mas encorpada biblioteca dela.

Um dos livros tratava-se do título dessa postagem e recebeu o Prêmio Planeta - Casa América de Narrativa Ibero Americana de 2007.



Não conhecia o autor que já escreveu uma dúzia de livros entre contos e romances e recebeu outros prêmios como o alemão Anna Segghers pelo conjunto de sua obra e uma bolsa para escritores da Fundação Guggenheim em 2002.

Trata-se de um luvro que fala sobre amizade, ira, vingança e, embora o autor não utiliza o termo "bullying", toda a trama envolve esse assunto e fiquei pensando quem até hoje não praticou essa forma horrível de distrato com alguém? Chatear, amolar alguém ou por ser muito gorda, ou por ser muito magra, ou por ser de outro país, outra cidade, ou usar aparelho, ou gaguejar ao falar etc.

Lembro-me como se fosse hoje de minha época do colegial (segundo grau).



Tinha uma garota gorda que usava aparelho em minha classe chamada Rita. A coitada era feia, guspia quando falava, na verdade quase babava e a coitada gostava do garoto mais lindo da escola chamado Amador, que obviamente, não dava a mínima para ela.

Eu sabendo desse amor juvenil aprontei uma com ela. A coitada passou muita vergonha perante a escola toda, pois gravei a confissão desse amor em uma fita cassete e coloquei em alto e bom som no patio para que todos ouvissem aquela voz grotesca e chorosa.



Na época não me arrependi em nenhum momento do que fiz, muito pelo contrário fiquei famosa por ter feito isso, embora eu também sofria bullying pois era magra feito um palito e muitos ficavam zuando com minha cara, mas eu nunca fiquei traumatizada com essa gozação, muito pelo contrário não dava a mínima e talvez, devido a isso o pessoal acabava desistindo de me incomodar.



Esse livro nos remete a um passado, pois como o autor bem coloca em um capítulo: O passado é um agente inspetor. Suas emboscadas são periódicas e repentinas. Materializa-se em um passe de mágica. É uma sombra com mãos fibrosas. Não tem traços faciais. Não tem idade. Entrega-nos uma folha em branco. Negamos. Mas ele insiste, com sua voz dura, lenta e fresca. Vai voltar."



Se puderem leiam é uma leitura fácil e rápida mas vale a pena.

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